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Em Umuarama, Prefeitura assegura a compra da produção dos pequenos produtores rurais

Texto: Roberta Garrido
Fotos: J A Sabino

Release publicado no Jornal Tribuna Hoje, Umuarama Ilustrado, Portal Umuarama​ e no site oficial da Prefeitura de Umuarama

 

 

Desde 2009, os pequenos produtores rurais de Umuarama vem ganhando mais espaço para comercialização de seus produtos. Além da preocupação com a produção de alimentos no Município, o prefeito Moacir Silva,  dedica especial atenção à venda dessa produção. Para isso, vários mecanismos de incentivo e apoio foram criados para intermediar este processo.

Um dos grandes destaques para o setor foi a criação da Cooperativa de Produtores Rurais de Umuarama (Cooperu), em 2010. Inicialmente, o objetivo da Cooperu seria fornecer o alimento para a merenda escolar das escolas municipais, já que por lei, 30% dos produtos utilizados na merenda, devem ser provenientes de produtores da cidade.

Em pouco tempo de funcionamento, a cooperativa também começou a atender as escolas estaduais de Umuarama e atualmente já está entregando para toda a região. “Hoje a Cooperu fornece alimentos para a merenda de todas as escolas municipais e estaduais de Umuarama e ainda atende os colégios estaduais de outras nove cidades da região”, explica o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Antônio Carlos Fávaro.

A cooperativa conta com aproximadamente 150 cooperados, que conseguem atender a demanda dos 30% necessários da merenda. “Somente com a merenda municipal são gastos em torno de R$ 1 milhão ao ano, ou seja, a cooperativa movimenta cerca de R$ 300 mil anuais somente neste segmento”, aponta Fávaro.

A Cooperu é constituída apenas por pequenos produtores, sendo que cada um pode comercializar até R$ 20 mil anuais. “A cooperativa é uma fonte segura de comercialização para o pequeno produtor. Anteriormente, devido à pequena quantidade de produção, os produtores não conseguiam inserir seus alimentos no mercado e com a criação da cooperativa este cenário mudou completamente”, destaca o secretário.

Prova do crescimento da cooperativa, é a inserção de seus produtos em alguns supermercados de Umuarama. Com este novo leque de distribuição, a Prefeitura por meio da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, já estabeleceu uma nova meta para os produtores. “Realizamos um trabalho que atinge várias áreas de atuação do produtor. Damos assistência técnica, incentivamos e criamos ferramentas de comercialização, o que acaba resultando em um aumento de produção, já que o produtor percebe que há espaço para o que ele produz. Agora, queremos fazer um trabalho com os empresários de Umuarama. Nossa meta é que a Cooperu passe a atender todos os mercados dos bairros umuaramenses”, destaca Fávaro.

Caso a cooperativa se torne fornecedora principal destes estabelecimentos, o retorno financeiro esperado é gigantesco. Segundo Fávaro, a estimativa é de que mensalmente sejam comercializados R$ 500 mil, ou seja, R$ 5 milhões anuais provenientes apenas dos mercados. “Isso se tornaria um incentivo de produção e teríamos uma variedade de produtos grande. Além disso, a economia do Município aqueceria de maneira expressiva, já que comprando produtos locais, os empresários acabam deixando o dinheiro com consumidores da própria cidade”, aponta.

Esta meta vai justamente ao encontro do que o prefeito Moacir Silva espera para Umuarama. “Acreditamos que uma das principais bases da nossa economia é a agricultura. E a prova disso será a implantação dessa nova gama de distribuição de alimentos. Criaremos uma cadeia de consumo no Município onde não haverá a necessidade de se trazer produtos de fora, nosso dinheiro ficará na cidade. Quanto mais abrirmos espaço para os pequenos produtores rurais comercializarem seus produtos, mais eles produzirão. Hoje, 80% dos alimentos comercializados em Umuarama são trazidos de fora. Nossa intenção é que futuramente possamos suprir a demanda do Município e ainda atender a região”, enfatiza o prefeito.

PRODUÇÃO

Mensalmente, a Cooperu recebe cerca de 60 toneladas de produtos dos mais variados tipos. Esta quantidade equivale há aproximadamente R$ 135 mil injetados na agricultura familiar.

No próximo mês, a estimativa é de que este número aumente ainda mais. Isto porque, a cooperativa começará a produzir pães e doces em geral. “Atenderemos primeiramente à merenda escolar. Na rede estadual estes produtos eram terceirizados. Após algum tempo de funcionamento, a intenção é estender para os supermercados”, aponta o diretor da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Claudio Marconi.

A série de produtos também contará com leite e carnes (bovina e suína), embalados com selo da Cooperu, além de vegetais minimamente processados. “Os vegetais serão variados, mas daremos prioridade à mandioca descascada, cortada em pequenos pedaços e embaladas à vácuo. Iremos comercializá-la em supermercados, com embalagens da cooperativa, o que trará ainda mais visibilidade para nossos produtores”, destaca Marconi.

COMPRA DIRETA

Já o Compra Direta surgiu para oferecer uma opção de renda extra para os pequenos produtores. Os produtos em pequena quantidade que não possuíam possibilidade de entrada nos supermercados são comprados pelo programa. “Se o produtor tiver apenas uma caixa de determinado produto, ela é comprada pelo Compra Direta da mesma forma, diferente do supermercado que exige uma quantidade específica. Mesmo possuindo um teto de compra aparentemente baixo, que é de R$ 4,5 mil anual, essa renda é muito importante para o incremento da produção”, destaca Fávaro.

Mais de 200 produtores fazem parte do programa e entregam uma variedade aproximada de 60 produtos. Mensalmente cerca de 30 toneladas movimentam o Banco de Alimentos, o equivalente a R$ 58 mil. Estes produtos atendem várias entidades, abastecem o Programa Lixo que Vale e são destinados às famílias carentes de Umuarama.

Além disso, o programa Compra Direta é uma maneira de manter uma ligação constante com os produtores, incentivando a qualificação técnica, o aumento da produtividade e, principalmente, acompanhar o crescimento de cada um. “Criamos laços com estes produtores e eles sabem que existe uma garantia de venda de seus produtos. Às vezes eles produzem despretensiosamente uma quantidade mínima de determinado produto, nos encaminham e percebem que há demanda do produto, devido ao nosso incentivo. Se cada um destes produtores aceitarem o desafio de aumentar sua produção, imaginem a demanda de produto que teremos no Município”, destaca Fávaro. 

 

 

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